Favas para dar e vender...

O campo 1 vai sendo aos poucos, despido das culturas deste ano. depois de levantar as batatas é a vez das favas que são muitas e boas. Para isso terá contribuído o cortar as pontas dos rebentos para não serem atacadas pelo piolho. São tantas que dão mesmo para dar e vender.

MARACUJÁS de novo

Depois do desaire do ano passado , apenas este ano resolvemos criar uma nova latada, em local diferente, como convêm para prevenir alguma coisa que tenha ficado na terra depois da murcha ter atacado toda a produção.

O maracujá roxo é o que melhor se dá por estas bandas, com tradição no seu cultivo. Na costa norte, a sua plantação efectua-se em latada e por aqui na Costa Sul, há quem o cultive em vinha na vertical. Preferimos o cultivo tradicional e fomos buscar os pés já com 3 meses de viveiro meticulosamente borrifados com calda bordalesa de 12 em 12 dias. Hoje foram para a terra. As jovens plantas terão agora que vencer os dois metros de altura que as separam do topo da latada em busca de um lugar ao sol. Se o tempo ajudar antes do fim do Verão já terão aberto as suas fantásticas flores e frutificado pela primeira vez.

Quinta pedagógica

Aproveitando o bom tempo que se tem feito sentir, no Feriado do Dia dos Açores, comemorado na passada segunda-feira, convidamos alguns amigos para virem até este lugar e participar no controlo da mata que durante dois anos cresceu à vontade.

Durante um dia, O lugar nunca pensei, foi uma espécie de quinta pedagógica, onde se puderam aprender a tirar batatas, transplantar árvores, dar de comer aos animais e claro, roçar mato. Depois de um bom churrasco começamos a monda. Coube ao F. manobrar o tractor e a roçadora enquanto que outros assumiram o papel de batedores no meio de fetos evitando assim em alguns sítios a pedra que vai aparecendo.

No final da tarde, tínhamos mais três campos limpos e uns escaldões sazonais nos menos prevenidos. Eles divertiram-se e o Lugar ganhou mais um alento. Obrigado malta.

O Lugar tem novas espécies

Há algum tempo atrás falamos do que havia para plantar neste Lugar. Hoje voltamos ao assunto para documentar algumas dessas novas especies plantadas.

Vinha de Red Globe, 2 ameixoeiras, 1 mangueira, 2 diospireiros, 1 romanzeira e nas plantas várias camélias, plumérias e Magnólias.

Este fim de semana foi tempo de construir os abrigos e proteger os troncos e caules, dos coelhos e outros "habitantes" menos interessados em jardins e pomares.

novidades

Novidades... É assim que por esta terra se chamam às primeiras coisas a brotar da terra. E só porque é o primeiro fica aqui o registo: 53 dias depois de plantado surge o primeiro, esperemos que de muitos.

fim de semana

Este é um fim de semana prolongado já que segunda feira é o Feriado Regional dos Açores.

Pelo lugar vai ser aproveitado a capinar mato, a levantar a restante batata e a colocar na terra mais umas especies, desta feita a chila, numa experiência que um amigo do norte nos proporciona ao ter enviado umas sementes que plantei à 15 dias atrás e que já despontam. Vamos ter doce de chila concerteza.

Batata Nova

Ontem ao fim da tarde, foi tempo de tirar da terra alguma batata no campo 1, que tinhamos semeado a 10 de Fevereiro.

Pela forma como a cultivamos, sem adubos, a não ser o composto espalhado na terra e apenas com calda bordalesa como preventivo da alforra, ou como é mais conhecido no continente, a ferrugem ou míldio, podemos estar contentes por conseguir tirar 7 a 8 tubérculos por cada batata de semente deitada à terra. Compreendemos o facto dos produtos biológicos serem mais caros, mas mesmo assim preferimos.

Para o campo 2, semeado a 10 de Março, um mês depois,com temperaturas mais altas, esperamos melhores resultados.

Hospital de plantas

Por pequeno que seja o espaço que dedicamos ao nosso cantinho de vasos , ao nosso quintal, à nossa horta, temos sempre a necessidade de passar pelas plantas para ver se tudo está bem, às vezes mais do que uma vez por dia.
Neste lugar sentimos muito essa necessidade e sempre que alguma definha, lá estamos de roda a tentar salva-la, tal qual um profissional de enfermagem a prestar apoio com todo o carinho. De forma que chamamos hospital a uma pequena parcela onde as plantas mais débeis recuperam. Ao lado nasceu agora a maternidade. Imaginem a felicidade de termos recebido de presente uma pequena mas muito útil estufa com 70cm de largura por 2,20 mt de altura e 1,50 frente, que vai ser de agora em diante, mais uma "unidade" de apoio na multiplicação de espécies. Obrigado G.

tractor

Finalmente chegou.
Já aqui há algum tempo tínhamos falado da possibilidade de adquirir uma máquina para ajudar nas lidas da quinta.
Este fim de semana concretizou-se o sonho de o ter como uma preciosa ajuda na manutenção deste lugar, seja para pulverizar com caldas cupricas, seja para arar (ufa que grande ajuda...), transporte de estrume no atrelado, enfim , uma série de tarefas, que antes eram quase impossiveis por falta de tempo e de braços para tudo.
A peça que se vê atrás é para já das mais importantes, uma capinadeira a correntes, para eliminar mato que muito temos e pouco conseguimos cortar, só com a as roçadoras manuais. As silvas e fetos que desde a compra deste lugar vivem faustosamente na zona da mata, têm os dias contados.

KIWIS

Este ano resolvemos reservar uma área à entrada de O lugar nunca pensei, para plantar Kiwis.

Depois de algumas leituras, lá encomendamos as mudas que chegaram apenas na semana passada. Assim aqui fica um resumo da especie.

O kiwi tem mais de 50 espécies diferentes, apenas algumas comestíveis donde se destaca a Actinidia Deliciosa .

O Kiwi é uma planta dióica, ou seja, tem flores masculinas e femininas, em indivíduos diferentes. As flores femininas produzem a fruta e as masculinas apenas o pólen. As variedades masculinas são essenciais para a plantação e devem ter a característica de florescer na mesma época das variedades femininas. A qualidade da fruta depende de uma boa polinização.
A variedade Hayward fêmea é a mais produtiva e gera frutos de maior tamanho. As variedades utilizadas como produtoras de pólen macho são a Matua e a Tomuri.
Originária da China, pode trepar até 9 metros. O seu nome científico é assim naturalmente Actinidia chinensis.

A planta foi levada para a Nova Zelândia no início do século XX, onde a fruta foi melhorada e teve seu cultivo organizado. Em Portugal tem tido bastante incremento e produz-se neste momento 50% do que se consome, o que só por si, diz do potencial desta cultura.
Falamos hoje do Kiwi porque passamos o domingo a montar o sistema de rega gota a gota, pois esta cultura não se dá nada bem sem água, nem com água em demasia, o que impossibilita qualquer rega sem conta e medida. Plantamos 9 fêmeas e 2 machos. A primeira colheita será para daqui a 2 anos , pois as plantas já têm um ano e só no terceiro ano começam a dar frutos que podem atingir as 1000 unidades por planta. Um Kiwi, pode viver mais ou menos 50 anos. Mais uma espécie que resiste no tempo para além de quem a planta.

Netos, ladrões e Cia

Os ladrões, ou netos como se diz cá por estas terras do arcanjo, devem ser removidos nesta altura da plantação dos tomateiros para não concorrerem com a cultura. Nas fotos acima pode-se ver facilmente dois ramos ladrão (nesta primeira imagem), que devem ser eliminados, (foto do meio), ficando com o aspecto final da imagem de cima.
É só multiplicar este gesto por 100 pés e já está.

Hitchcock

O que é que o grande mestre do suspense tem a ver com o lugar nunca pensei? Lembramo-nos dele porque fomos vitimas de um ataque da passarada, que dizimou o nosso campo de testes de meloas e melancias. Todos os pés arrancados pelo pé como se de milho se tratasse.

Convém dizer que nesta ilha existem uns melros negros que à custa de muita multiplicação e falta de predadores, mais parecem galinhas que melros e não perdoam, quando se trata de catar sementes e outras coisas boas para o papo.

Aprendemos a lição e provisoriamente, enquanto não fazemos abrigos com plástico (até porque o tempo ainda não está nada de especial ) usamos caixas de fruta para defender de novas investidas os pés que voltamos a plantar. Ficamos apenas com melancias e melões já que não fizemos segundo plantio de meloas. O engraçado nisto tudo é que devemos estar mais calejados, porque no início ficávamos muito ralados quando aconteciam coisas deste tipo, agora já começamos a ver com mais naturalidade estas adversidades aqui no lugar.

A abelha foi à fava...

A fava está linda e as abelhas aproveitam... São bem-vindas claro.

ZIGGY

Mais um animal da quinta, com todo o direito a aparecer por aqui. Gosta muito como todos os gatos de se deitar nas caixas de sementes quando as coloco ao sol, como hoje. Esta é a Ziggy, tem 7 anos e muita personalidade.É o mais velho animal deste lugar.

dias de sol

Algures nesta paisagem estamos nós, o lugar nunca pensei, hoje numa foto com muito sol a convidar a um fim de semana de trabalho na Quinta.Assim esperamos.

dies sollemnis natalis...

Era assim que os romanos chamavam ao dia de aniversário. Foi efectivamente com eles que começou a ser festejado tal qual o conhecemos.

Já o Bolo de aniversário surgiu na Grécia, com os adoradores de Ártemis, a Deusa da fertilidade a oferecerem no seu templo, uma mistura de mel e pão em formato de meia-lua.

As velas colocadas em cima do bolo surgiram também na antiguidade, pois as pessoas criam que o fumo das velas levavam os seus desejos e preces até o céu para que fossem atendidas, além de proteger o aniversariante de espíritos maus e garantir a protecção para o ano seguinte.

E pronto.... lá vai mais um. Aqui pelo lugar nunca pensei o tempo também passa.

Resta desejar feliz aniversário a mim mesmo. Parabéns Joba.

plantio

Mais plantio pronto para passar ao terreno. Para substituir alguns pés que não vingaram. fazemos sempre duas sementeiras já a contar com estes contra-tempos.

Pular a cerca...

Um problema dificil de resolver no lugar nunca pensei é o coelho bravo, que para os agricultores da Ilha é já considerada uma autêntica praga. Relatos de outras quintas com culturas dizimadas por estes pequenos roedores e prejuízos no cebolo deste ano, com mais de 1000 pés cortados pelos dentinhos dos nossos amigos, fizeram-nos proceder a uma experiência num campo de meloas. 10 x 8 metros coberto com plástico e vedado com rede enterrada de forma a tentar travar a visita indesejada. Vamos lá ver quem ganha esta batalha, para já nenhum conseguiu pular a cerca...

Jarros

E porque adoramos jarros ou copos de leite, este ano resolvemos comprar uma série de bolbos, para decorar um canteiro do jardim. A particularidade é que aos brancos, que por estes lados crescem nas bermas, resolvemos introduzir outros de várias cores para experimentar.

Viveiro

Faz hoje um mês que fizemos esta cama onde semeamos, alfaces,espinafres,couves variadas, melões e um pouco de mangerico...

Os Maios...

Porque é 1º de maio, vamos falar desta tradição.

Os Maios são bonecos que representam pessoas, em tamanho natural, vestidos e calçados com a nossa roupa, em atitudes humanas normais, sozinhos ou em grupo, representando cenas do quotidiano. Julgamos que esta tradição remonta ao inicio do povoamento dos Açores e que terá sido trazida com os Algarvios, já que é o único local do Continente onde esta tradição de fazer bonecos na madrugada do 1º de Maio existe. Todos os anos, mais ou menos, lá aparecem com a sátira, normalmente politica, escrita em cartolina colocadas à frente dos bonecos. As autarquias promovem concursos entre as várias criações e não é raro ver-se a admiração dos turistas por depararem com tantos bonecos espalhados por praças, beirais, varandas e jardins desta terra. Ao pôr do Sol e de uma forma quase subtil, os maios desaparecem, regressando no próximo Ano.