Bungavillia e Próteas - O novo Jardim

Transplantada no fim de semana, estávamos com receio que a Bungavillia não tivesse pegado,porque as suas raízes são delicadas e não aceitam muito mudanças. No entanto parece que correu bem, O objectivo é fazer uma pergola por cima do portão de acesso aos carros. No mesmo canteiro plantamos as próteas que nos chegaram de várias espécies. Cynaroides; leucadendron amarelo, nefolia leucospermum e telopea. Se tudo pegar vai ficar uma zona bem bonita.

Limoeiro Galego

Ainda não dissemos, mas nos últimos dias temos andado a "capinar" um quartel abandonado desde o inicio. O facto de querer chegar a umas nespereiras mais afastadas, obrigou-nos a meter mãos à obra . No meio de fetos e silvas encontramos este Limoeiro galego (Citrus aurantifolia) ainda jovem mas cheio de flor. Mais uma árvore para recuperar, se bem que sozinha foi dando conta do recado e sobreviveu no meio de tantas invasoras. Interessante, esta especie não tem à primeira vista vestigios de lagarta mineira, infelizmente tão comum nos citrinos por estas bandas. Será que os fetos a protegeram ?

As "Mocnas"...

É isso mesmo.Leu bem, Mocnas é o nome que nos Açores dão às Nêsperas, perdão, ao Magnório como se diz no Porto ou melhor ainda como lhe chamam no Brasil às ameixas-amarelas. Se bem que Magnoeiro e Nespereira não é bem a mesma coisa.

Aqui pelo lugar pouco importa o nome, interessa são as 4 frondosas árvores que todos os anos nesta altura começam a dar centenas de frutos. O problema é só um, se estão verdes ninguém as quer, se amadurecem, temos que guerrear com os Melros pretos, os Santoantoninhos e demais passarada que adora este fruto por ser muito doce.

LUA VELHA

“Todas as luas têm quatro quartos, são dois de lua nova e dois de lua velha. Aprendi isto com
o meu pai no campo, era uma regra que eles tinham. Os antigos traziam aquilo mais que a
gente, agora tudo sabe ler, se não lerem não são capazes de ver nada. Um homem que não
sabe ler como é que ele sabe isto? Eu sei isto de cor e não sei ler. Todos os quartos têm sete
dias, cada sete dias a lua muda, agora é contar os quartos, todos os meses têm quatro
quartos, cada quarto muda, um porque é a lua nova, outro porque é quarto minguante e
outro porque é lua cheia. Isto servia para a gente construir o gado, eu ia a capar uma rês e
não podia ser na lua nova, tinha que ser na lua velha. A lua velha mingua sempre, você dá
um golpe num braço, se for na lua nova, tinha mais infecção do que na lua velha, todos os
dias mingua. Já a lua nova está sempre a crescer, até que chega à lua cheia. Os médicos
também têm que saber estas coisas! para achegar um macho a uma fêmea é igual, o quarto
minguante é melhor em tudo. Se a gente for a semear uma pouca de salada, se for no quarto
crescente espiga logo, porque está a crescer, o quarto minguante segura mais. Se um homem
for à mulher num quarto minguante é fêmea, se for num quarto crescente é macho, nunca
falha!” (Joaquim Folgado “Carrapato”, 71 anos, pastor reformado, Rosmaninhal)

Depois desta sabedoria transmitida por um pastor da Beira Interior, o melhor é seguir o seu conselho e tratar de semear, porque até à semana estamos em tempo de Lua Velha.

Quero aqui deixar um muito obrigado ao António do blog horta d'avó que me forneceu a morada desta casa de sementes no Canadá de onde importei três variedades de tomates um pouco diferentes do habitual. Já provaram tomate com sabor a pessêgo? Confesso que estou ansioso em o fazer...

Preparar o caminho das abelhas...

Ninguém fica indiferente a estes pequenos seres que ajudam à festa na altura da fecundação de algumas plantas. Todos são unânimes ao apontar a importância e o perigo do desaparecimento gradual das abelhas. Noticias chegam de algumas cidades Europeias que incentivam mesmo os seus habitantes a ter pequenas colmeias nas varandas e quintais disponibilizando o material necessário.

Aqui por S.Miguel, as coisas não estão tão drásticas. Uma coisa que também já percebemos, para se ter abelhas à volta das nossas culturas, precisamos de espalhar plantas melíferas pelo campo, produtoras de nectares, de forma a termos a sua visita garantida. Assim, tratamos de semear borralho e rosmaninho. Diz quem sabe que devem ser plantadas nas costas das culturas que queremos que as Abelhas visitem, de frente para o Sol. Experimentamos em estufa e já estamos a ter sucesso.

LUX do Forte D'Elvas

Apenas para que conste.

Este é um dos guardiões de o Lugar nunca pensei. É um "Rafeiro Alentejano" e tem por companhia a LEILA que por acaso não está por aqui mas vai aparecer um dia destes.Isto a propósito de lembrar que quem tiver um fiel amigo, está na altura de combater as carraças, mosquitos e outros bichitos que fazem mal aos nossos amigos.

Viagem a Portugal

E porque é sexta-feira, aqui ficam imagens de mais uma viagem pelo nosso Portugal feita há uns tempos atrás mas que só agora teve direito a visionamento. Um convite a um fim de semana diferente. Aqui no Parque do Douro Internacional, mais própriamente Sapinha, em pleno coração das Amendoeiras em Flor. Lindo.

Em Figueira de Castelo Rodrigo fomos encontrar gente que dedica uma parte da sua vida à criação dos burros lanudos, outrora em vias de extinção e que agora graças a gestos como este, menos raros . Por aqui Passou Saramago com a rota do Elefante mas decerto não viu outras belezas perdidas por Miranda, Moncorvo, Foz Coa...

As amendoeiras em flôr e vestigios de uma civilização que renega as suas riquezas...
Aqui fica o convite. Boas viagens

MAIS...

Estávamos preocupados com o que temos que plantar e eis que chega ao fim da tarde uma encomenda com Protéas e Plumérias. Mais 40 pés para colocar na terra rapidamente.

O TEMPO URGE...

Pois é. Para quem tem apenas fins de semana para se dedicar a este lugar, começa o tempo a escassear para pôr na Terra tudo o que desejamos.

Já não sabemos se ainda vai dar tempo, mas ainda falta o que a imagem documenta:

Duas Mangas, Um arbusto de framboesa, Um mirtilo,

algumas camélias, Magnólias, 5 videiras etc etc. Esperemos que este Sábado esteja bom tempo.

BIG

Não se trata de rei morto rei posto, mas a dor pela perda da Petit tinha que ser rapidamente compensada neste Lugar.

Ontem fez dois meses e é claro uma Dogue Alemã, a nossa raça de eleição ( conjuntamente com os Rafeiros Alentejanos).

A Margarida baptizou-a de BIG e assim será. Esperamos que seja tão feliz como todos os nossos animais da quinta.

Araçais

Este ano o ARAÇALEIRO promete dar fruto. Vamos ver se os ventos não deitam por terra toda a flor que se avizinha.

ADEUS PETIT

Nome: PETIT
Raça: DOGUE ALEMÃO
Nasceu a 20/1/2003
Partiu a 14 /4/2010

Hoje, uma imensa tristeza invadiu o lugar nunca pensei.

Todos lamentamos a perda de uma grande amiga.

Acompanhou-nos ao longo do nosso casamento, brincou connosco nas águas da lagoa das sete cidades, partilhou noites à lareira, fez-nos rir com a sua mirabolante forma desengonçada de andar, fez-nos zangar quando destruía os canteiros deitando os seus 78 simpáticos quilos em cima, aceitou com ciume diga-se, mas com postura, o nosso bebé e tornou-se sua guarda.

Esta era a Petit,a nossa dogue alemã, a nossa grande companheira dos últimos 7 anos. Hoje partiu. Fomos encontrar o seu corpo deitado no local onde adorava apanhar sol. Escrevemos estas linhas minutos depois de o veterinário nos telefonar para informar do resultado da autópsia: Torção de estômago. Se ao menos estivessemos em casa quando aconteceu, poderia ter sido salva.

Se todos os cães merecem o Céu, a PETIT já lá está concerteza. Adeus amiga, obrigado pela companhia.

"Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais e, nesse dia, um crime cometido contra um animal, será considerado um crime contra a humanidade (Leonardo da VINCI 1452-1519)

roçadoras ecológicas 2

Melhor do que uma, são duas "roçadoras ecológicas" A tieta já é uma velha conhecida. A Mané chegou à dias. Juntas têm agora a dificil tarefa de atacar as ervas. Boa sorte.

o que é isto?

Os canteiros do lugar andam a ficar cobertos por este tipo de planta que forma um tapete. Alguém consegue dizer-me o seu nome?

Entretanto e depois da chuva, os jarros ficam tão bonitos. Não resisti a fotografar um.

calda bordalesa

Porque o tempo continua quente, com nuvens e a chuva insiste em cair, há que prevenir e atacar o aparecimento do míldio e outros fungos com calda bordalesa. há métodos mais eficazes, mas estamos a tentar com produtos mais naturais senão, mais vale ir comprar as batatas ao supermercado.

Este ano o batatal promete. Mais área e já bem desenvolvido nos primeiros dias de Abril. E verdade seja dita, mais bem preparado. Anda-se a aprender, aos poucos. A sementeira foi a 1 de Março.

Milhafres

No próximo fim de semana, a SPEA (Sociedade Portuguesa do Estudo das Aves) vai levar a efeito pelo 5º ano a contagem de Milhafres no Arquipélago Açoriano.

As aves de rapina, neste caso os Milhafres são de uma importância primordial no controlo de pequenos roedores nas nossas ilhas.

No ano passado foram avistados em S.Miguel 358 exemplares.

Os milhafres habitam em 7 das 9 Ilhas do Arquipélago, Flores e Corvo não têm esta espécie. Como curiosidade refira-se que foi ao confundirem os Milhafres com Açores, que os descobridores Portugueses acabaram por dar o nome ao Arquipélago. Na realidade nunca existiram Açores por estas terras.

No lugar nunca pensei, temos um casal que fez ninho na mata e que sobrevoa todos os dias o nosso espaço. Sábado e Domingo vamos participar neste censo.

Visite www.spea.pt/censobuteo/

o carro tractor...

O Guilherme tem um pequeno tractor que os tios lhe ofereceram pelo Natal, baptizado no seu dialecto de "bébéguês"de carro tractor. Por uma questão de logística acabou por ficar por lá, onde nas nossas visitas é o seu brinquedo de eleição.

Certo é que desde o inicio do ano, que ao lembrar-me do "carro tractor" pensava que podia almejar a adquirir qualquer coisa parecida para este lugar, de forma a tornar as nossas intervenções mais profissionais e práticas, diga-se.

Pensado e feito, ontem visitamos um representante, de uma conhecida marca para perceber até que ponto existia no mercado um pequeno tractor, que tivesse a possibilidade de acoplar as alfaias e outros acessórios, sem ser só para agricultura, mas também para limpeza da mata, jardinagem e corte de relva. A busca resultou na imagem que mostramos, o mais pequeno modelo da família Jonh Deere , uma versátil máquina recomendada para todos os serviços de uma pequena quinta, segundo o vendedor, claro. Depois de apreciados os seus requisitos ficamos a saber que um crédito especial daquela marca, dá a possibilidade de adquirir com uma taxa de juro fixo, durante 4 anos a 1,4% qualquer material. Feitas as contas, o investimento é interessante, porque cada vez que precisamos de um serviço de uma máquina destas, a conta é muito elevada.

Pode ser que assim a nossa luta contra as infestantes na zona da mata, seja mais rápida. Porque efectivamente com a chuva que por aqui cai, mais a humidade e temperaturas elevadas, sempre que acabamos um desbaste manual, dá a sensação de que temos que recomeçar imediatamente uma nova luta.

Assim, estamos quase decididos na sua compra, mas se houver por aí quem nos queira sugerir outra coisa, agradecemos as dicas.

Santuário

Imagens que ficam do Alentejo do meu coração numa das ultimas viagens que por lá fiz em Março. Este santuário de cegonhas fica ali, na estrada de Coruche para Montemor.

(cliquem na imagem e observem bem o cenário)

Os amigos deste lugar...

Sempre que entro em discussões mais ou menos académicas sobre este Lugar, como era e como está e como pode vir a ser,de todos os incentivos iniciais, fruto de "lutas" idênticas de alguns visitantes, lembro-me sempre de umas pequenas linhas de encorajamento que a Ana Ramon do blog "a paixão dos sentidos" nos dedicou nos primeiros dias, já lá vai quase um ano. A verdade é que sempre que fazemos uma pequena intervenção em qualquer espaço da Quinta, e seguindo o seu conselho, batemos sempre montes de fotos para podermos teimar à vontade que as coisas vão mudando, ao ritmo das nossas possibilidades. O certo é que muitas vezes pensamos em desistir mas logo alguém nos encoraja, quanto mais não seja pela negativa. Um desses exemplos é o João. Quanto mais ele afirma que não vai dar, que não vamos conseguir, parecendo-se com aquele personagem das Viagens de Guliver, mais força ganhamos para voltar a tentar.
A verdade é que não nos temos dado mal, se considerarmos que adquirimos um espaço em avançado estado de degradação com silvas e fetos um pouco por todo o lado, se considerarmos que não percebíamos nada de como gerir um espaço tão grande, e como gosta de me lembrar a Margarida, não percebemos nada de Agricultura e gostamos de insistir.
Como a Ana Ramon nos aconselhou no inicio, "o tempo é amigo e aos poucos vai-se conseguindo". Palavras sábias que ecoam nos ouvidos sempre que algum sentimento de frustração vem ao de cima. Por isso queremos agradecer à Ana, sem desfazer de outros , por nos ter dado o empurrão, leia-se força, para continuar uma pequena luta semanal que esperamos... o tempo amigo nos deixe vencer.
Quando pensamos em blogar as nossas experiências aqui na Quinta, nunca previmos o importante que é para este lugar, o feedback que viemos encontramos ao longo destes meses na blogosfera.
Obrigado amigos.

tomatina...

A propósito de passar o fim de semana a plantar tomates lembrei-me que este ano quero cumprir a promessa há muito adiada: Participar na tomatina.

Uma pequena rebelião de rapazes nos anos 50 do século passado, deu lugar a que todos os anos lá para os finais de Agosto, muitos camiões de tomates cheguem ao centro da cidade de BUNOL perto de Valencia, a Plaza del Pueblo. Os tomates vêm de Estremadura, onde são menos dispendiosos. Tecnicamente, o festival não começa até que uma alma corajosa suba ao topo de um poste de dois andares, de madeira e atinga o presunto cobiçado no topo. O sinal para o início da luta está dado, disparando canhões de água, e começa o caos. Uma vez que começa, a batalha é geralmente cada um por si e salve-se quem puder.

Aqueles que participam neste evento são fortemente encorajados a usar óculos de segurança e luvas de protecção. Além disso, devem esmagar os tomates antes de atirar como precaução de segurança. Outra regra é que ninguém está autorizado a fazer qualquer coisa mais do que atirar tomates uns aos outros.

Depois de exactamente uma hora, a luta termina quando os canhões de água são accionados mais uma vez para sinalizar o final.A partir deste momento acaba e não se pode atirar mais tomates sob pena de uma forte multa. O processo de limpeza envolve o uso de camiões de bombeiros para pulverizar as ruas, com água fornecida a partir de um aqueduto romano. As autoridades parecem mais preocupados com a limpeza da cidade do que a limpeza dos visitantes, mas mesmo assim toda a gente participa na limpeza e devido à acidez do tomate,as ruas ficam mais limpas do que quando se começou.
Bunol é assim capital do divertimento durante um dia pois os cerca de 40000 mil visitantes trazem a habitual movida de outras paragens até aqui.Bunol é um município da província de Valência, na Espanha e situa-se cerca de 38 km a oeste da cidade provinciana e da Comunidade Autónoma capital, Valência.

De forma que este ano vou lá quase de certeza. A festa é a 25 de Agosto.