O outono chegou.
Assim sem mais nem menos, a nossa Estação do ano preferida entrou pela casa dentro trazendo ainda o cheiro das vindimas da semana passada. Em alguns sítios ainda não começaram, mas o Outono é isso mesmo, de repente passamos das vindimas às "quentes e boas" que é como quem diz às castanhas que começam a aparecer timidamente nos escaparates das lojas.
Os dias já se notam, mais curtos, e já agora mais frios, com o Sol a brilhar com mais tons de amarelo.
As folhas, amarelas, vermelhas e castanhas caem das árvores e flutuam no ar, proclamando o final de uma vida. O vento leva-as com delicadeza até ao seu encontro final com os relvados dos jardins ou com o asfalto duro da rua.
As mornas brisas desta época vão brincar com as folhas moribundas e transformar a tristeza em alegria. As folhas de Outono dão cambalhotas e esvoaçam, girando em círculos, num último adeus à sua mãe árvore que lhes deu a vida na Primavera.
Na sua breve existência, vestiram de verde as árvores dos jardins, dos pomares e dos bosques; deram sombra aos passarinhos e aos humanos. Agora, ao cair, elas fertilizarão os solos como adubo orgânico, num ciclo de vida e de morte que se repete todos os anos.
Como gostamos do Outono no Lugar nunca pensei.
Grato pela pasagem em meu espaço.
ResponderEliminarÉ sempre gratificante receber visitas.
Que bom o Outono!!! A abundância aparece em maior quantidade. Pena que nós a não saibamos aproveitar. Muitas das vezes eu não acredito na pobreza. Acredito sim na pobreza de espírito. Quanta fortuna se deixa ao abandono? Nos meus tempos, passava-se fome porque não havia de comer, hoje não acredito em semelhante palavra , visto o abandono e o desprezo com que se desperdiça desde a comida até ao vestuário. Bem sei que os tempos são outros mas a miséria somos nós que a fazemos. Não sou saudosista mas, muitas das vezes chego a pensar que a abastança dá em pobreza.Todos querem tudo, mas não sabem aproveitar o que desperdiçam.
O Saudoso poeta António Aleixo, já dizia:- O pão que sobra à riqueza
Destribuido pela razão
Matava a fome à pobreza
E ainda sobrava pão.
Outras épocas, outros pensamentos.
Se esse é o caminho para o 'Lugar nunca pensei' então também eu gostaria de o percorrer ":O)
ResponderEliminarQue foto linda!
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Olá Joba...
ResponderEliminarObrigado pela visita ao meu cantinho.
Sabe... eu ao longo da minha vida de Jardineiro fui acumulando alguns conhecimentos, não muitos. Como não quero nada só para mim, decidi criar aquele blogue e de vez em quando, intercalando com outros posts, vou colocando receitas e conhecimentos que talvez sejam úteis a quem delas precisar.
Gostei do seu blogue. Este ultimo post sobre o Outono, reflecte, de uma forma simples e bela, aquilo que a nossa Mãe-Natureza tem para nos surpreender em cada manhã.
Bem haja...
Jardineiro do Rei.