FEIRA NACIONAL AGRICULTURA BIOLÓGICA

Primeiro pelo trabalho honesto que a associação promotora vem fazendo, depois porque contam-se pelos dedos de uma mão, as actividades que se realizam em Portugal sobre este tema. Uma boa oportunidade para arranjar boas sementes, quem sabe...

OUTONO

O outono chegou.

Assim sem mais nem menos, a nossa Estação do ano preferida entrou pela casa dentro trazendo ainda o cheiro das vindimas da semana passada. Em alguns sítios ainda não começaram, mas o Outono é isso mesmo, de repente passamos das vindimas às "quentes e boas" que é como quem diz às castanhas que começam a aparecer timidamente nos escaparates das lojas.

Os dias já se notam, mais curtos, e já agora mais frios, com o Sol a brilhar com mais tons de amarelo.
As folhas, amarelas, vermelhas e castanhas caem das árvores e flutuam no ar, proclamando o final de uma vida. O vento leva-as com delicadeza até ao seu encontro final com os relvados dos jardins ou com o asfalto duro da rua.
As mornas brisas desta época vão brincar com as folhas moribundas e transformar a tristeza em alegria. As folhas de Outono dão cambalhotas e esvoaçam, girando em círculos, num último adeus à sua mãe árvore que lhes deu a vida na Primavera.
Na sua breve existência, vestiram de verde as árvores dos jardins, dos pomares e dos bosques; deram sombra aos passarinhos e aos humanos. Agora, ao cair, elas fertilizarão os solos como adubo orgânico, num ciclo de vida e de morte que se repete todos os anos.

Como gostamos do Outono no Lugar nunca pensei.

Arquitectura no Lugar nunca pensei

Finalmente o projecto está finalizado. A reconstrução do lugar nunca pensei, foi agora passada a maqueta para que possamos ter uma ideia a 3D de como ficará esta velha casa que foi no séc XVIII, refúgio de Jesuítas. Os edifícios a preto são o existente, a branco um módulo que será acrescentado ao restante volume, onde se situa a piscina,ficando por baixo o ginásio e o pequeno SPA. No topo do edifício da direita, o telhado é recortado de forma a criar uma vigia para o mar, tão utilizada por este lados para avistar baleias e golfinhos ao longe. Este lugar, contempla um alojamento em espaço rural com 5 suites e 10 camas. Será que vamos continuar? Pelo menos o projecto está pronto para o submeter às entidades competentes.

Vindimas...

Por estas paragens já começaram as vindimas...

Meninas vão à escola

De terra em terra, de lugar para lugar, as coisas mudam de nome, daí não estranhar que estas "Belladonas" sejam conhecidas por aqui como "Meninas vão à escola" apenas porque florescem em período de ínicio de um novo ano escolar. Um pouco por todo o lado, os bolbos deitam cá para fora estas lindissimas "meninas" que encantam também pelos jardins deste lugar.

Transumância

Viver nesta ilha é acima de tudo uma estranha forma de vida. Misturar o moderno com o passado, velhos costumes com a evolução dos tempos. A transumância continua a ser por aqui uma realidade, se bem que agora, em vez de velhos caminhos de terra se usem as novas vias para levar o gado de um local para outro. De forma que todo o cuidado é pouco quando circulamos pelas estradas principalmente do interior da ilha porque facilmente nos deparamos com uma mão cheia de vacas ao virar de uma curva. Pachorrentas lá temos que parar para deixar passar um cortejo feito de preto e branco com a benevolência necessária.

Belavista

Loga pela manhã o Sol invade este Lugar. Ao longe no mar, um navio de cruzeiro navega para Ponta Delgada onde descarregará uns milhares de turistas ávidos de visitar esta Ilha. Uma belavista sem dúvida.

Doce de abóbora gila

Não é só atrás de um grande homem que está uma grande mulher, até porque para além de machista, não corresponde à verdade, mas aproveitamo-nos dessa "velha" conversa que sempre escutamos, para dizer que atrás deste blog também está uma grande mulher, homenageando assim a Margarida que faz um esforço para conseguir ajudar, que não se inibe de ir para o tractor quando é preciso, desbravar mato, tirar as ervas daninhas, semear , sempre com uma enorme boa vontade e divertimento. Este lugar, foi criado pelos dois e para os dois, e morrerá no dia em que um de nós se desinteressar deste espaço. Isto tudo para dizer que este ano, um amigo nosso da Maia enviou-nos umas sementes de abóbora Gila, que por estas bandas não é conhecida, e lá as deitamos à terra. As nossas ausências prolongadas têm efeitos também neste lugar, mas mesmo assim, conseguimos tirar uma quantidade apreciável de abóboras gilas. Não crescem tanto como no Continente, devido a falta de horas de sol e tempo quente, mas pelo menos crescem.

No fim de semana tiramos três da terra e a Margarida lá se iniciou na saga das compotas e doce caseiros. Pegou num livro da Maria de Lurdes Modesto, com mais de 25 anos , perdido lá no sótão, e lá seguiu o ritual de partir a abóbora com as mãos, tirar a tripa, as pevides, lavar com muitas águas e finalmente pôr a cozer e muito importante; usar açúcar light, para expiar as fraquezas do corpo e do espírito.

Para andarilhos como nós, citadinos ou urbanos, cada acção destas é uma surpresa.Este lugar vai transformando as nossas vidas a pouco e pouco. Parabéns Margarida.

Aproveitem a vida

No Verão adoramos tomar o café da manhã no alpendre. hoje não foi excepção até porque o dia acordou lindo, com um azul fantástico no céu. A fazer companhia os pios agudos de um casal de milhafres que fazem ninho neste lugar.

Pios agudos, repetitivos, de aflição ou um sinal de caça talvez.

Olhamos para o céu e lá estava a explicação de tanta algazarra. Davam as primeiras lições à sua cria que por ser nova ainda recortava o ar com menos mestria e tentava seguir a elegância dos voos dos progenitores.

Como a natureza dá tantas coisas boas que passam quase despercebidas.

Sentimo-nos bem com este cenário e agradecemos ter mais um dia para viver. Lembramo-nos de uma frase de um grande senhor do teatro que nos deixou à pouco tempo: "Aproveitem a vida". Faremos por isso António. Onde quer que estejas, descansa em paz e obrigado pelas gargalhadas que nos fizeste dar.

Gilas trapezistas

Ontem descobrimos estas Gilas, dependuradas na sebe. Mesmo com o seu peso, vão-se aguentando sem cair de uma altura de 4 a 5 metros. O seu mediatismo no meio de tantas gilas, faz com que sejam, para já poupadas ao tacho para o doce que este ano vamos experimentar fazer. Por estas bandas não há tradição de plantar estas abóboras. A falta de muito calor, reflete-se nos frutos, mais pequenos que no Continente.

o melhor cheiro do mundo...

Adoramos as sensações proporcionadas por variadíssimos cheiros que a natureza nos dá. Mas o cheiro a terra acabada de lavrar é único. De forma que hoje aproveitamos as manobras do "ti Ferreira" que veio lavrar um dos novos terrenos roubados ao matagal, para recordar esse magnifico cheiro a terra fresquinha. Quem já o sentiu sabe do que falamos.

Para grandes males.... Grandes remédios II

.... E pronto 3 dias de limpezas de mata, dão este aspecto à zona desbravada a retroescavadora. Tentamos tirar esta foto do mesmo local que há uns dias para se poder ver bem a diferença. Agora há que fazer limpezas finais e preparar a terra para poder ser semeada. Este lugar ganhou mais uns valentes metros quadrados.