“Todas as luas têm quatro quartos, são dois de lua nova e dois de lua velha. Aprendi isto com
o meu pai no campo, era uma regra que eles tinham. Os antigos traziam aquilo mais que a
gente, agora tudo sabe ler, se não lerem não são capazes de ver nada. Um homem que não
sabe ler como é que ele sabe isto? Eu sei isto de cor e não sei ler. Todos os quartos têm sete
dias, cada sete dias a lua muda, agora é contar os quartos, todos os meses têm quatro
quartos, cada quarto muda, um porque é a lua nova, outro porque é quarto minguante e
outro porque é lua cheia. Isto servia para a gente construir o gado, eu ia a capar uma rês e
não podia ser na lua nova, tinha que ser na lua velha. A lua velha mingua sempre, você dá
um golpe num braço, se for na lua nova, tinha mais infecção do que na lua velha, todos os
dias mingua. Já a lua nova está sempre a crescer, até que chega à lua cheia. Os médicos
também têm que saber estas coisas! para achegar um macho a uma fêmea é igual, o quarto
minguante é melhor em tudo. Se a gente for a semear uma pouca de salada, se for no quarto
crescente espiga logo, porque está a crescer, o quarto minguante segura mais. Se um homem
for à mulher num quarto minguante é fêmea, se for num quarto crescente é macho, nunca
falha!” (Joaquim Folgado “Carrapato”, 71 anos, pastor reformado, Rosmaninhal)
Depois desta sabedoria transmitida por um pastor da Beira Interior, o melhor é seguir o seu conselho e tratar de semear, porque até à semana estamos em tempo de Lua Velha.
Quero aqui deixar um muito obrigado ao António do blog horta d'avó que me forneceu a morada desta casa de sementes no Canadá de onde importei três variedades de tomates um pouco diferentes do habitual. Já provaram tomate com sabor a pessêgo? Confesso que estou ansioso em o fazer...
Por isso muitas das coisas que semeei, em quarto crescente, espigaram. Li algures ser melhor assim, mas talvez só para certas plantas. Uma delícia de texto.
ResponderEliminarOlá, viva!
ResponderEliminarTinha a intenção de comentar este post no dia que foi publicado, mas o sono era tanto...que desisti...não fosse falar mandarim...lol
Pois estou completamente de acordo com o diz a senhora do blog Trumbuctu (um dos dois blogs portugueses que visito à mais tempo. Já agora o outro é o QdM), é um texto delicioso "de manjar" (espiritualmente, é claro). O que se aprende com a sabedoria popular!
Eu também estou sempre aprender, e verdade seja dita, a minha alface estava sempre a espigar (e a que semeei no mês passado vai pelo mesmo caminho); e eu sempre a dar-lhe com a Lua velha...Toma lá, António, já almoçastes...lol
Pois as alfaces, e agora os nabos e beterrabas só vão para a "incubadora" no Quarto Minguante!
Parabéns pelo blog, Joba, já não passo sem a visita diária - mesmo sabendo que não é actualizado todos os dias (como o meu), e já dá imenso trabalho "este bichinho"!
Cumprimentos,
António
Saudações, gostaria de saber como é que cita um texto de um lugar (livro ou trabalho) sem pelo menos citar a sua fonte? se não sabe fica a saber, a este acto chama-se PLÁGIO???!!!
ResponderEliminarEu, Eddy Chambino, autor da obra onde "plagiou" este texto, peço-lhe que pelo menos cite a fonte da sua proveniência...pelo menos!!!
Eddy Chambino, antropólogo, autor do trabalho "O Céu dos
Olá, boa noite. Sou a Orquídea, do forum.
ResponderEliminarCreio que a tal ervinha que cresce formando tapete, é a "Soleirolia soleirolii! /urticaceae, vulgarmente conhecida por "não te metas na minha vida". Abraço